Direito de resposta

Calma meus pupilos, nada é tão dramático assim quanto o Cassias descreveu.

O que acontece é o seguinte:

De todos os meus fiéis escudeiros e parceiros de esbórnia e cachaçadas mil, aqueles maltrapilhos, sem amor próprio, sem sentimentos, sem um pingo de respeito com os outros e muito menos consigo mesmo, sobraram apenas...


... nenhum.


Eu, infelizmente, já havia profetizado antes sobre o que um dia aconteceria com meus amigos, demonstrei que a coisa ia de mal a pior, e não tive apoio, fui ridicularizado e passei por louco. Muitos reclamaram que eu estava saudosista e deprimido, eu achei até que poderia ser. Agora olhando meus amigos, penso: Talvez não.

Em minha defesa, tentando manter o pouco de dignidade que me resta, digo que estou juntando dinheiro para comprar uma moto devido a falta de oportunidade de gastá-lo em algum bar. É uma forma de parecer proposital o fato de eu estar em casa em plena quinta à noite. Mas a verdade é que o dia fatídico não era talvez tanta profetização assim.

O dia que muito tememos, e que empurramos, e que escondemos de baixo do tapete. Dia este que eu já imaginava como seria, o dia em que nos olharíamos nos olhos, e com um peso enorme alguém exclamaria finalmente: É, tá na hora de maneirar.

Sinto em dizer, mas esse dia chegou, é o caminhar comum da humanidade, os moleques vão virando homens e com o tempo vêm as responsabilidades. Gostaria de estar errado ao relatar tal fato aos queridos leitores, mas ao meu ver este blog não pertence mais a três jovens alcoólatras e inconsequentes, mas sim de adultos trabalhadores e responsáveis, com um ótimo caráter diga-se de passagem e alguns objetivos na vida.

Tá bom vai, três trabalhadores é um pouco de exagero, confesso. Dois trabalhadores e um alcoolatra.

Não, melhor, dois da cachaça e um da labuta. Isso, 2x1 cachaça.

Táááá bom caralho cachaça 3, labuta zero!! Niguém aqui é responsável porra nenhuma, foda-se. Fuck you, fuck tu, fuck tua mulé!!! Pronto, passou, foi só um surto momentâneo. UFA....


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